terça-feira, 3 de julho de 2012

As mil e uma faces do amido

As mil e uma faces do amido


O que faz o amido ter tantas aplicações? A reposta está na sua estrutura química complexa. O amido é encontrado na natureza em forma de grânulos e é formado por duas estruturas poliméricas, amilose e amilopectina. A amilose é um polímero linear de alfa-D-glicose ligadas na posição 1-4. A amilopectina é um polímero ramificado compostos por alfa-D-glicose ligadas na posição 1-4 e as ramificações ligadas ao carbono 6.

Por ser linear, a amilose é a parte solúvel do amido. A parte cristalina e insolúvel é promovida pela amilopectina. A amilose tem a capacidade de complexar moléculas apolares e, portanto, pode ser utilizada como carreador de substâncias ativas hidrofóbicas. A amilopectina é responsável pela capacidade de retrogradação do amido, ou seja, a capacidade de recristalizar-se após geleficação.


O amido sob ação de altas concentrações de água e elevada temperatura pode gelatinizar e perder completamente a sua capacidade de retrogradação. Isto ocorre porque se quebra por completo o arranjo cristalino da amilopectina. A retrogradação pode ser um problema ou não dependendo da aplicação do amido. Deve-se estudar detalhadamente o seu efeito nas formulações.


Após a gelificação e secagem o amido tende a ser bastante rígido. Contudo, isso pode ser contornado usando moléculas lubrificantes como glicerol ou controlando a quantidade de água residual. Em formulações sólidas, ocorre frequentemente o endurecimento do produto devido a perda de água durante o processamento ou na prateleira devido à embalagem ou à condição inadequada de armazenagem .


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